Rhema

Rezem e Eu moverei os corações

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Quaresma de São Miguel


15 de agosto a 29 de setembro



Clique aqui para rezar no grupo

Todos os dias:

Acender uma vela benta.
– Oferecer uma penitência.
– Fazer o sinal-da-cruz.
– Rezar a oração inicial.
– Rezar a Ladainha de São Miguel



+ Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Oração inicial para todos os dias

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe, Deus, instantemente o pedimos. E vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

Sacratíssimo Coração de Jesus, tende piedade de nós! (3x)
São Miguel, rogai por nós! (3x)

Ladainha de São Miguel Arcanjo

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, luz dos anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso advogado, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Senhor.

Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oração: Senhor Jesus, santificai-nos por uma bênção sempre nova e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, essa sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do céu e a trocar os bens do tempo presente pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos. Amém.

Consagração

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e ofereço, e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção.

É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça de amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória.

Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

- Pai Nosso.
- Ave Maria.
- Glória.

+ Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Contexto Histórico:

Devoção franciscana: Quaresma de São Miguel Arcanjo.

Uma tradição franciscana, a Quaresma a São Miguel Arcanjo é um tempo especial de oração e penitência. Tem início, com a Festa da Assunção de Nossa Senhora em 15 de agosto e termina no dia 28 de setembro, véspera da festa em honra aos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

São Francisco foi um santo que na sua vida mortal procurava nutrir muito sua alma para não esfriar o seu amor por Jesus, com um espírito de oração e sacrifício muito grande.

São Boaventura diz em sua Legenda Maior em seu capítulo 9, parágrafo 3 dos escritos biográficos de São Francisco: "um vínculo de amor indissolúvel unia-o aos anjos cujo maravilhoso ardor o punha em êxtase diante de Deus e inflamava as almas dos eleitos". Por devoção aos anjos, celebrava uma quaresma de jejuns e orações durante os quarenta dias que seguem a Assunção da Santíssima Virgem Maria.

São Miguel, sobretudo, a quem cabe o papel de introduzir as almas no paraíso, era objetivo de uma devoção especial, em razão do desejo que tinha o santo de salvar a todos os homens. Era do conhecimento de Francisco a autoridade e o auxílio que o Arcanjo Miguel tem em exercício das almas, em salvá-las no último instante da vida e o poder de ir ao purgatório retirá-las de lá.

Esse era o principal motivo pelo qual Francisco realizava sua quaresma e isso nos é relatado na legenda Terusiana no número 93 de sua biografia, na qual o santo vai dizer no ano de 1224, ano em que recebeu os estigmas ao avistar o Monte Alverne em visita ao eremitério: "Para honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel, Príncipe dos Anjos e das almas, quero fazer aqui uma quaresma".

É neste mesmo ano que ele realizou a 1ª quaresma em hora de São Miguel Arcanjo. Foi neste ano que estando Francisco a rezar no Monte Alverne, relata a Legenda Menor de sua biografia. Em sua primeira quaresma em honra do glorioso Arcanjo Miguel, sentiu ele com maior abundância do que nunca, a suavidade de contemplação Celeste, o andor dos desejos sobrenaturais, a profusão das graças divinas transportado até Deus num fogo de amor seráfico, e transformado pelos arroubos de uma profunda compaixão naquele que, em seus extremos de amor, quis ser crucificado.

domingo, 10 de junho de 2018

Retiro de Silêncio


     A Comunidade Católica Betel realizará um Retiro de Exercícios Espirituais com Colocações (EECC), destinado aos leigos, religiosos, sacerdotes, seminaristas, agentes de pastorais de nossa Diocese, em especial àqueles que buscam um momento de profunda espiritualidade em sua caminhada pessoal.


Arquivo próprio da Casa de Retiros
Acesse o link para maiores informações do retiro e ficha de inscrição: https://goo.gl/FepvXc

Dados sobre o Retiro:


Início: 24/07/2018 às 18h / Término: 31/07/2018 às 13h
Inscrições: Até o dia 14/07/2018
Informações: Eunice (67) 99622-7566 (vivo) / Davi (67) 99918-4703 (vivo).
Local: Casa de Retiros (Comunidade Católica Betel - Dourados/MS)
Orientador: Pe. Paiva, sj. / Informações: secretariabetel25@gmail.com

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Retiro Silêncio no Carnaval

Retiro de Silêncio para Jovens

Aconteceu nos dias 09 a 13 de fevereiro na casa de retiros da Betel em Dourados-MS.
Numa singular dedicação a juventude a Comunidade Betel, tem feito nos dois últimos anos um desafio aos jovens, venda para o Silêncio no Carnaval.

De forma silenciosa como é a proposta, tem sido também a adesão de 5 jovens em 2017 e 11 jovens em 2018, que ousaram com a Betel dar ouvidos ao bom Deus para iniciar uma escuta amorosa de Deus, para aí no Silêncio investigar qual a vontade de Deus para suas vidas e/ou através dela.
Agradecimentos a D. Henrique, padre Arildo, padre Aguiar e padre Osmar e frei Roberto que assistiram a Comunidade e os retirantes com a Santa Missa nos dias do retiro.

Viagem Apostólica ao Chile e Perú

DISCURSO DO SANTO PADRE

Encontro com os povos da Amazónia
(Puerto Maldonado – Coliseu Madre de Dios, 19 de janeiro de 2018)


Queridos irmãos e irmãs!
Aqui, junto de vós, brota do meu coração o cântico de São Francisco: «Louvado sejais, meu Senhor». Sim, louvado sejais pela oportunidade que nos dais de termos este encontro. Obrigado D. David Martínez de Aguirre Guiné, senhor Héctor, senhora Yésica e senhora Maria Luzmila pelas vossas palavras de boas-vindas e pelos vossos testemunhos. Em vós, quero agradecer e saudar todos os habitantes da Amazónia.
Vejo que viestes dos diferentes povos originários da Amazónia: Harakbut, Esse-ejas, Matsiguenkas, Yines, Shipibos, Asháninkas, Yaneshas, Kakintes, Nahuas, Yaminahuas, Juni Kuin, Madijá, Manchineris, Kukamas, Kandozi, Quichuas, Huitotos, Shawis, Achuar, Boras, Awajún, Wampis, entre outros. Vejo também que nos acompanham povos originários dos Andes que chegaram à floresta e se fizeram amazónicos. Muito desejei este encontro. Obrigado pela vossa presença e por me ajudardes a ver mais de perto, nos vossos rostos, o reflexo desta terra. Um rosto plural, duma variedade infinita e duma enorme riqueza biológica, cultural e espiritual. Nós, que não habitamos nestas terras, precisamos da vossa sabedoria e dos vossos conhecimentos para podermos penetrar – sem o destruir – no tesouro que encerra esta região, ouvindo ressoar as palavras do Senhor a Moisés: «Tira as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa» (Ex 3, 5).
Deixai-me dizer mais uma vez: Louvado sejais, Senhor, por esta obra maravilhosa dos povos amazónicos e por toda a biodiversidade que estas terras contêm!
Este cântico de louvor esboroa-se quando ouvimos e vemos as feridas profundas que carregam consigo a Amazónia e os seus povos. Quis vir visitar-vos e escutar-vos, para estarmos juntos no coração da Igreja, solidarizarmo-nos com os vossos desafios e, convosco, reafirmarmos uma opção convicta em prol da defesa da vida, defesa da terra e defesa das culturas.
Provavelmente, nunca os povos originários amazónicos estiveram tão ameaçados nos seus territórios como o estão agora. A Amazónia é uma terra disputada em várias frentes: por um lado, a nova ideologia extrativa e a forte pressão de grandes interesses económicos cuja avidez se centra no petróleo, gás, madeira, ouro e monoculturas agroindustriais; por outro, a ameaça contra os vossos territórios vem da perversão de certas políticas que promovem a «conservação» da natureza sem ter em conta o ser humano, nomeadamente vós irmãos amazónicos que a habitais. Temos conhecimento de movimentos que, em nome da conservação da floresta, se apropriam de grandes extensões da mesma e negoceiam com elas gerando situações de opressão sobre os povos nativos, para quem, assim, o território e os recursos naturais que há nele se tornam inacessíveis. Este problema sufoca os vossos povos, e causa a migração das novas gerações devido à falta de alternativas locais. Devemos romper com o paradigma histórico que considera a Amazónia como uma despensa inesgotável dos Estados, sem ter em conta os seus habitantes.
Considero imprescindível fazer esforços para gerar espaços institucionais de respeito, reconhecimento e diálogo com os povos nativos, assumindo e resgatando a cultura, a linguagem, as tradições, os direitos e a espiritualidade que lhes são próprios. Um diálogo intercultural, no qual sejais «os principais interlocutores, especialmente quando se avança com grandes projetos que afetam os [vossos] espaços».  O reconhecimento e o diálogo serão o melhor caminho para transformar as velhas relações marcadas pela exclusão e a discriminação.
Em contrapartida, é justo reconhecer a existência de esperançosas iniciativas que surgem das vossas realidades locais e das vossas organizações, procurando fazer com que os próprios povos originários e as comunidades sejam os guardiões das florestas e que os recursos produzidos pela sua conservação revertam em benefício das vossas famílias, na melhoria das vossas condições de vida, da saúde e da instrução das vossas comunidades. Este «bom agir» está em sintonia com as práticas do «bom viver», que descobrimos na sabedoria dos nossos povos. Seja-me permitido dizer que se, para alguns, vós sois considerados um obstáculo ou um «estorvo», a verdade é que, com a vossa vida, sois um grito lançado à consciência dum estilo de vida que não consegue medir os custos do mesmo. Vós sois memória viva da missão que Deus nos confiou a todos: cuidar da Casa Comum. 
A defesa da terra não tem outra finalidade senão a defesa da vida. Conhecemos o sofrimento que suportam alguns de vós por causa de derrames de hidrocarbonetos que ameaçam seriamente a vida das vossas famílias e poluem o vosso ambiente natural.
Paralelamente, há outra devastação da vida que está associada com esta poluição ambiental causada pela extração ilegal. Refiro-me ao tráfico de pessoas: o trabalho escravo e o abuso sexual. A violência contra os adolescentes e contra as mulheres é um grito que chega ao céu. «Sempre me angustiou a situação das pessoas que são objeto das diferentes formas de tráfico. Quem dera que se ouvisse o grito de Deus, perguntando a todos nós: “Onde está o teu irmão?” (Gn 4, 9). Onde está o teu irmão escravo? (…) Não nos façamos de distraídos! Há muita cumplicidade... A pergunta é para todos!» 
Como não lembrar São Toríbio quando constatava, com grande pesar, no III Concílio Limense que «não só nos tempos passados se fizeram a estes pobres tantos agravos e violências com tantos excessos, mas ainda hoje muitos continuam a fazer as mesmas coisas» (III Sessão, c. 3). Infelizmente, depois de cinco séculos, estas palavras continuam a ser atuais. As palavras proféticas daqueles homens de fé – como nos lembraram Héctor e Yésica – são o grito destas pessoas, muitas vezes constrangidas ao silêncio ou a quem tiraram a palavra. Esta profecia deve continuar presente na nossa Igreja, que nunca cessará de levantar a voz pelos descartados e os que sofrem.
Desta preocupação deriva a opção primordial pela vida dos mais indefesos. Penso nos povos referidos como «Povos Indígenas em Isolamento Voluntário» (PIAV). Sabemos que são os mais vulneráveis dos vulneráveis. A herança de épocas passadas obrigou-os a isolar-se até das suas próprias etnias, começando uma história de reclusão nos lugares mais inacessíveis da floresta para poderem viver em liberdade. Continuai a defender estes irmãos mais vulneráveis. A sua presença recorda-nos que não podemos dispor dos bens comuns ao ritmo da avidez do consumo. É necessário haver limites que nos ajudem a defender-nos de toda a tentativa de destruição maciça do habitat que nos constitui.
O reconhecimento destes povos – que não podem jamais ser considerados uma minoria, mas autênticos interlocutores –, bem como de todos os povos indígenas lembra-nos que não somos os donos absolutos da criação. É urgente acolher o contributo essencial que oferecem à sociedade inteira, não fazer das suas culturas uma idealização dum estado natural nem uma espécie de museu dum estilo de vida de outrora. A sua visão do mundo, a sua sabedoria têm muito para nos ensinar a nós que não pertencemos à sua cultura. Todos os esforços que fizermos para melhorar a vida dos povos amazónicos serão sempre poucos.  
A cultura dos nossos povos é um sinal de vida. A Amazónia, além de constituir uma reserva da biodiversidade, é também uma reserva cultural que deve ser preservada face aos novos colonialismos. A família é, e sempre foi, a instituição social que mais contribuiu para manter vivas as nossas culturas. Em períodos de crises passadas, face aos diferentes imperialismos, a família dos povos indígenas foi a melhor defesa da vida. Exige-se-nos um cuidado especial para não nos deixarmos prender por colonialismos ideológicos mascarados de progresso, que entram pouco a pouco delapidando identidades culturais e estabelecendo um pensamento uniforme, único e… débil. Escutai os idosos. Têm uma sabedoria que os põe em contacto com o transcendente e faz-lhes descobrir o essencial da vida. Não esqueçamos que «o desaparecimento duma cultura pode ser tanto ou mais grave do que o desaparecimento duma espécie animal ou vegetal».  E a única maneira de as culturas não se perderem é manter-se dinâmicas, em constante movimento. Como é importante o que nos diziam Yésica e Héctor: «Queremos que os nossos filhos estudem, mas não queremos que a escola cancele as nossas tradições, as nossas línguas, não queremos esquecer-nos da nossa sabedoria ancestral»!
A educação ajuda-nos a lançar pontes e a gerar uma cultura do encontro. A escola e a educação dos povos nativos devem ser uma prioridade e um compromisso do Estado; compromisso integrador e inculturado que assuma, respeite e integre como um bem de toda a nação a sua sabedoria ancestral. Assim no-lo assinalava Maria Luzmila.
Peço aos meus irmãos bispos que, como já se está a fazer mesmo nos lugares mais remotos da floresta, continuem a promover espaços de educação intercultural e bilingue nas escolas e nos institutos pedagógicos e universidades.  Congratulo-me com as iniciativas tomadas pela Igreja peruana da Amazónia para a promoção dos povos nativos: escolas, residências para estudantes, centros de pesquisa e promoção, como o Centro Cultural José Pío Aza, o CAAAP e o CETA, inovadores e importantes espaços universitários interculturais como NOPOKI, voltados expressamente para a formação dos jovens das diferentes etnias da nossa Amazónia.
Congratulo-me também com todos os jovens dos povos nativos que se esforçam por elaborar, do seu próprio ponto de vista, uma nova antropologia e trabalham por reler a história dos seus povos a partir da sua perspetiva. Congratulo-me também com aqueles que, através da pintura, literatura, artesanato, música, mostram ao mundo a sua cosmovisão e a sua riqueza cultural. Muitos escreveram e falaram sobre vós. É bom que agora sejais vós próprios a autodefinir-vos e a mostrar-nos a vossa identidade. Precisamos de vos escutar.
Quantos missionários e missionárias se comprometeram com os vossos povos e defenderam as vossas culturas! Fizeram-no, inspirados no Evangelho. Cristo também Se encarnou numa cultura, a hebraica, e a partir dela ofereceu-Se-nos como novidade a todos os povos, para que cada um, a partir da respetiva identidade, se sinta autoafirmado n’Ele. Não sucumbais às tentativas em ato para desarraigar a fé católica dos vossos povos.  Cada cultura e cada cosmovisão que recebe o Evangelho enriquecem a Igreja com a visão duma nova faceta do rosto de Cristo. A Igreja não é alheia aos vossos problemas e à vossa vida, não quer ser estranha ao vosso modo de viver e de vos organizardes. Precisamos que os povos indígenas plasmem culturalmente as Igrejas locais amazónicas. Ajudai os vossos bispos, os missionários e as missionárias a fazerem-se um só convosco e assim, dialogando com todos, podeis plasmar uma Igreja com rosto amazónico e uma Igreja com rosto indígena. Com este espírito, convoquei um Sínodo para a Amazónia no ano de 2019.
Confio na capacidade de resistência dos povos e na vossa capacidade de reação perante os momentos difíceis que vos toca viver. Assim o tendes demonstrado nas diferentes batalhas da história, com as vossas contribuições, com a vossa visão diferenciada das relações humanas, com o meio ambiente e com a vivência da fé.
Rezo por vós, pela vossa terra abençoada por Deus, e peço-vos, por favor, para não vos esquecerdes de rezar por mim.
Muito obrigado.
Tinkunakama [língua quechua: Até um próximo encontro].

domingo, 28 de janeiro de 2018

Exercícios Espirituais Com Colocação (EECC)


A Comunidade Católica Betel realizou no período de 03 a 11 de Janeiro de 2018, um retiro de silêncio com o tema "Há Barro no caminho".
O Orientador foi o padre Paiva, sacerdote jesuíta, experiente na orientação dessa modalidade de retiros.
Aconteceu na Chácara de retiros Betel - Núcleo Sagrado Coração de Jesus, em Dourados.
Embora fosse período de chuvas, essa não atrapalhou aqueles que se dispuseram a ouvir o Senhor no silêncio.


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Oração para antes dos estudos (S. Tomás de Aquino)

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Criador inefável, que, 
no meio dos tesouros da vossa Sabedoria, 
elegestes três hierarquias de Anjos 
e as dispusestes numa ordem admirável 
acima dos Céus, 
que dispusestes com tanta beleza 
as partes do universo.

Vós, a Quem chamamos 
a verdadeira Fonte de Luz e de Sabedoria, 
e o Princípio supereminente, 
dignai-Vos derramar 
sobre as trevas da minha inteligência 
um raio de vossa clareza. 

Afastai para longe de mim 
a dupla obscuridade na qual nasci: 
o pecado e a ignorância.
Vós, que tornais eloquente 
a língua das criancinhas, 
modelai a minha palavra 
e derramai nos meus lábios
a graça de vossa bênção.

Dai-me a penetração da inteligência, 
a faculdade de lembrar-me, 
o método e a facilidade do estudo,
a profundidade na interpretação 
e uma graça abundante de expressão.

Fortificai o meu estudo, 
dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, 
Vós que sois verdadeiro Deus 
e verdadeiro homem, 
e que viveis nos séculos dos séculos.

Amem


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A vida de Santo Agostinho




Aurélio Agostinho nasceu em 354, em Tagaste, pequena cidade da Numidia, na Africa. Seu pai, Patricia, era pequeno proprietario de terras, ainda ligado ao paganismo (só iria se converter no fim da vida). Já sua mãe, Mônica, era uma fervorosa cristâ.

Depois de ter frequentado as escolas em Tagaste e na vizinha Madaura, conseguiu ir para Cartago, graças a ajuda financeira de um amigo de seu pai, para realizar seus estudos de retorica (370/371).

Sua formação cultural realizou-se inteiramente em língua latina e com base nos autores latinos (só superficialmente e não de muito bom grado ele se aproximou do grego).

Para ele, Cicero manteve-se durante longo tempo como modelo e ponto de referência essencial. Na época de Agostinho, o retórico já perdera seu papel antigo, que, como sabemos, era um papel politico e civil, tendo-se tornado essencialmente professor.

E, assim, Agostinho ensinou primeiro em Tagaste (374) e depois em Cartago (375-383). Mas a turbulência dos estudantes cartagineses o levou a transferir-se para Roma em 384. No mesmo ano, passou de Roma para Milão, onde assumiu o cargo de professor oficial de retorica da cidade. Agostinho chegou a Milão graças ao apoio dos maniqueus, dos quais, como veremos, foi seguidor durante certo período. Mas em Milão, entre 384 e 386, através de profundas reflexões espirituais, amadureceu sua conversão ao cristianismo.

Consequentemente, Agostinho demitiu-se do cargo de professor oficial e retirou-se para Cassiciaco (na Briância), numa chácara, onde passou a levar uma vida em comum com os amigos, a mãe, o irmão e o filho Adeodato. Em 387, Agostinho recebeu o batismo do bispo Ambrósio (que desempenhou um papel não desprezível, ainda que indireto, em sua conversão) e deixou Milão para retornar à Africa. No caminho de volta, em Ostia, morreu sua mãe, Mônica.

Agostinho só conseguiu voltar à Africa em 388, porque Maximo havia usurpado o poder naquela região e a viagem se tornara perigosa. Nesse meio tempo, esteve em Roma, onde permaneceu durante quase um ano. Voltando finalmente a Tagaste, vendeu os bens paternos e fundou uma comunidade religiosa, logo adquirindo grande notoriedade pela santidade de sua vida.

Em 391, quando se encontrava em Hipona, foi ordenado sacerdote pelo bispo Valério, sob pressão dos fiéis. Em Hipona, ele ajudou Valério, sobretudo na pregação, e fundou um mosteiro, onde se reuniram velhos e fiéis amigos, aos quais se uniram novos adeptos.

Em 395, foi consagrado bispo. E, no ano seguinte, com a morte de Valério, Agostinho tornou-se bispo titular. Na pequena cidade de Hipona, travou grandes batalhas contra cismáticos e heréticos, nela escrevendo também seus livros mais importantes. Daquela pequena localidade africana, com seu pensamento e sua obra tenaz, determinou uma reviravolta decisiva na história da Igreja e do pensamento do Ocidente.

Morreu em 430, enquanto os vândalos sitiavam a cidade.

domingo, 10 de setembro de 2017

Novena em honra a São José



Oração à São José
Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas impossíveis. Vinde em nosso auxilio nas dificuldades em que nos achamos. Tomai sob a vossa proteção a causa que vos confiamos. Tomai sob a vossa proteção a causa que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
Relembre as intenções
Ó pai muito amado, em vós depositamos toda a nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis juntos a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder. São José a quem Deus confiou o cuidado da mais santa Família que jamais houve, sede o pai protetor da nossa família.
- São José, rogai por nós que recorremos a vós!
Terço de São José
- Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações, não vos valeu o anjo do Senhor? Valei-nos, São José!
- São José, valei-nos! (10x)
- Jesus, Maria e José!
Ladainha de São José
Senhor tende piedade de nós!
Jesus Cristo tende piedade de nós!
Senhor tende piedade de nós!
Jesus Cristo ouvi-nos!
Jesus Cristo atendei-nos!
Deus Pai do Céu tende piedade de nós!
Deus Filho redentor do mundo tende piedade de nós!
Deus Espírito Santo tende piedade de nós!
Santíssima Trindade que sois um só Deus tende piedade de nós!
Santa Maria, rogai por nós!
São José, rogai por nós!
Esposo da Mãe de Deus, rogai por nós!
Pai adotivo do Filho de Deus, rogai por nós!
Educador e defensor de Jesus, rogai por nós!
Chefe da Sagrada Família, rogai por nós!
Homem justo e pobre, rogai por nós!
Homem puro e fiel, rogai por nós!
Homem da simplicidade e cordial caridade, rogai por nós!
Modelo dos operários, rogai por nós!
Protetor da vida religiosa e consagrada, rogai por nós!
Guarda da Juventude, rogai por nós!
Amparo e modelo das famílias, rogai por nós!
Consolo dos infelizes, rogai por nós!
Esperança dos doentes e aflitos, rogai por nós!
Incentivador dos que buscam a intimidade com Deus, rogai por nós!
Socorre na hora da morte, rogai por nós!
Força dos injustiçados e prisioneiros, rogai por nós!
Protetor da Santa Igreja, rogai por nós!
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo:
- perdoai-nos senhor!
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo:
-ouvino-nos senhor!
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo:
-tende piedade de nós!
Oremos:
Glorioso São José, santo protetor do menino Jesus e esposo fiel da virgem Maria, sede agora e por toda a nossa vida o nosso especial padroeiro. Conduzi-nos pelos caminhos do bem e levai-nos ao céu. Suplicamos-vos que nos recebais  como vosso constante servidor, nos assisti em todas as nossas atividades e nos alcanceis a graça de morrer como vós, no amor de Jesus e de Maria. Amém!

São José rogai por nós!

Encontro de Formação para a Equipe de Formação Humana


da esquerda para a direita (Davi, Robson, Igor, José Omar, Valéria, Vilma, Renato, Eunice, Valdirene e Maria dos Anjos)

   Na quinta-feira, 07 de setembro, aproveitando o feriado, a equipe de Formação Humana da Comunidade Betel, reuniu-se em Dourados-MS, para formação e troca de experiencia, alargando assim o campo de visão de cada um dos participantes.
    Estudou-se um documento sobre Cristologia (Mal, Pecado Original e Graça). A pergunta oportuna seria: O que isso tem de formação humana?
    Nossa vida é eivada desses questionamentos e respondê-los para os outros é relativamente fácil, a grande questão é aprofundar e questionar-se sobre o mal no mundo, a tendencia que ninguém escolheu, mas está em nós e a graça de que nos sugere ir além de nós e nossos horizontes.
    Participantes de Campo Grande, Dourados, Nova Andradina e Vicentina.
    E você já fez o Curso de Formação Humana? Se sim, conte conosco para maior crescimento, se não, venha conhecer e fazer essa experiência de Auto Percepção, Auto Aceitação, Amadurecimento e Crescimento.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Amadurecer é assumir responsabilidades

       
A vida humana é tecida por decisões. Desde o primeiro instante da concepção é imposto  à  existência humana uma série de decisões,  estas podem ser acolhidas com liberdade, resistidas ou ignoradas.

        Qualquer uma dessas posturas terá consequências profundas na vida da pessoa levando-a a crescer em sua personalidade ou tolhendo-a. Da mesma forma que se pode dizer que uma pessoa é aquilo que come, é possível também dizer que uma pessoa é aquilo que decide ser, através de suas opções livres. No desenrolar desse processo na vida daqueles que optam por uma vocação específica, seja ela: Sacerdotal, Matrimonial ou Celibatária.
  • Hoje é “comum” deparar com pessoas que assumiram tais vocações e as assumem com grande alegria e entusiasmo por toda a vida e, de repente, as vezes situações novas surgem na vida e que põe em descrédito toda decisão tomada anteriormente. Assistimos com isso, pessoas que nem admitia questionamentos quanto a sua decisão de vida, voltar atrás com muita facilidade e até parece estar totalmente alienada quanto aos compromissos assumidos. Reportando iter vocacional  esse deveria acontecer de modo natural, sem cindir com a estrutura da pessoa e não criar colisões com a história de vida, pois dessa se espera  certo grau de liberdade e disposição em caminhar por novas estradas, em outras palavras, não tenha medo de crescer e em deixar-se amar.
        Crescer implica em amadurecer e ninguém amadurece sem assumir responsabilidades, consigo e com os outros. Em nosso caso, como vocação espera-se que a pessoa vocacionada desenvolva sua vida e a integre de forma generosa dentro da Vocação através da acepção da proposta apresentada através  das quatro relações, isto é, a relação com Deus, consigo, com os outros e com as coisas.
        Nesta perspectiva, uma pessoa que em sua caminhada conseguiu integrar  sua história de vida, aceitando e amando sua pequena, mas bela experiência; pode-se dizer que é alguém apto a desenvolver em profundidade essas quatro relações.
Como então realizar tal integração? A Comunidade a partir de sua experiencia no campo da formação aprecia a história de vida da pessoa em cinco dimensões que são: a dimensão pessoal, familiar, religiosa, profissional e social. Sendo uma pessoa que de fato deseja obter uma real liberdade, precisa percorrer sua trajetória existencial acolhendo-a e aceitando tudo como de fato aconteceu sem mascarar fatos ou posições. Ao realizar tal processo é possível identificar nessa pessoa certo grau de liberdade consigo e ao mesmo tempo apta a ser inserida no processo formativo  e isso pode iniciado a partir  da proposta das relações. Caso contrário seria interessante essa pessoa buscar profissionais que possam lhe ajudar a desatar certos nós que encontram em sua personalidade, pois alguém sem este tipo de aceitação não é livre e por isso, incapaz de se comprometer tanto com uma causa ou com pessoas.
        Frente a tudo isso deparamos hoje  com o fruto de uma sociedade, fragmentada, individualista, capitalista e em busca de suas ‘vontades’, que forja um ser humano capaz de eternizar momentos, mas ao mesmo tempo incapaz de se comprometer com causas perenes. Contradições como essas nos mostram um ser humano muito frágil e totalmente voltado para si e para o aqui e agora, mas em contrapartida incapaz de pensar no outro; capaz de relacionar-se com mil pessoas, mas que não firma compromisso com nenhuma.
        O processo educacional,  seja ele religioso ou acadêmico deveria levar a pessoa a assumir compromissos consigo, com o Transcendente, com os outros e com as coisas.
        Portanto, não existe amadurecimento da personalidade sem um real e efetivo comprometimento com aqueles que estão ao redor, na esfera cristã percebe-se que o mesmo Deus que atrai a pessoa, a empurra para si mesma e para o outro, construindo a partir de então uma sociedade de iguais e de pessoas altamente comprometidas com ideais que ultrapassam a singularidade  e desenvolvem a comunidade solidária, em outras palavras a “Civilização do Amor”.

José Omar Rodrigues Medeiros
Fundador da Comunidade Betel

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

São João Maria Vianney - 04 de agosto

Do Catecismo de São João Maria Vianney, presbítero
(Catéchisme sur la prière: A.Monnin, Esprit du Curé d’Ars, Paris1 899, pp.87-89)
(Séc. XIX)

A mais bela profissão do homem é rezar e amar

Prestai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso, o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar. Se rezais e amais, eis aí a felicidade do homem sobre a terra.

A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e doçura que inebria, e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera, fundidos num só, de tal modo que ninguém pode mais separar. Como é bela esta união de Deus com sua pequenina criatura! É uma felicidade impossível de se compreender. Nós nos havíamos tornado indignos de rezar. Deus, porém, na sua bondade, permitiu-nos falar com ele. Nossa oração é o incenso que mais lhe agrada.

Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequeno, mas a oração o dilata e torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios do sol.

Outro benefício que nos é dado pela oração: o tempo passa tão depressa e com tanta satisfação para o homem, que nem se percebe sua duração. Escutai: certa vez, quando eu era pároco em Bresse, tive que percorrer grandes distâncias para substituir quase todos os meus colegas que estavam doentes; nessas intermináveis caminhadas, rezava ao bom Senhor e – podeis crer! – o tempo não me parecia longo.

Há pessoas que mergulham profundamente na oração, como peixes na água, porque estão inteiramente entregues a Deus. Não há divisões em seus corações. Ó como eu amo estas almas generosas! São Francisco de Assis e Santa Clara viam nosso Senhor e conversavam com ele do mesmo modo como nós conversamos uns com os outros.

Nós, ao invés, quantas vezes entramos na Igreja sem saber o que iremos pedir. E, no entanto, sempre que vamos ter com alguém, sabemos perfeitamente o motivo por que vamos. Há até mesmo pessoas que parecem falar com Deus deste modo: “Só tenho duas palavras para vos dizer e logo ficar livre de vós.”. Muitas vezes penso nisto: quando vamos adorar a Deus, podemos alcançar tudo o que desejamos, se o pedirmos com fé viva e coração puro

Quaresma de São Miguel

15 de agosto a 29 de setembro Clique aqui para rezar no grupo Link para whatsapp Todos os dias: – Acender uma vela be...